Manuel Castro Almeida: “Quando este Governo iniciou funções” o PRR “estava executado em apenas 20%”
Em entrevista ao jornal "Nascer do Sol" publicada esta sexta-feira, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, mostrou-se "confiante" na execução de todos os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) até ao final de 2026.
No entanto, não deixou de referir que o "PRR arrancou muito lento". "Quando este Governo iniciou funções já tinha decorrido metade do tempo e estava executado em apenas 20%". Confirma-se?
Não é a primeira vez que Castro Almeida faz referência, em entrevista, à baixa taxa de execução do PRR aquando da tomada de posse do atual Governo. Aconteceu também a 19 de setembro do ano passado, em entrevista à SIC Notícias, quando afirmou, de forma muito semelhante, que "quando este Governo iniciou funções, estavam executados 20% do PRR".
Já na altura, o Polígrafo verificou que as afirmações do ministro eram verdadeiras. Consultando o relatório trimestral de março de 2024 do PRR – último antes da tomada de posse do Governo de Luís Montenegro , a 2 de abril desse ano – pode verificar-se que 31 de março "os montantes pagos a Beneficiários Diretos e Finais ascendiam a 4.116 milhões de euros, o correspondente a 19% da dotação do PRR".
Como Portugal recebeu o primeiro pagamento do PRR a 3 de agosto de 2021 e o período de execução do programa vai até ao 31 de dezembro de 2026, pode dizer-se "quando este Governo iniciou funções já tinha decorrido metade do tempo", como afirmou o ministro.
Ou seja, tal como em setembro, Castro Almeida disse a verdade: quando este Governo tomou posse, praticamente a meio do período previsto para execução do PRR, apenas cerca de 20% (19%) tinha sido executado.
Avaliação do Polígrafo:
Verdadeiro